A
JUVENTUDE E AS DROGAS
É
fato. É algo que pode ser evidenciado por todos. Está a cada dia que passa mais
acessível às pessoas, independente de condição social e faixa etária. Não há
como esconder que as drogas fazem parte do cotidiano das comunidades, mesmo que
sejam aquelas mais distantes dos grandes centros urbanos.
A
modernidade trouxe em seu encalço uma série de inventos e mecanismos
eletrônicos que facilitaram nossas vidas, mas, pelo lado negativo, foi uma das
responsáveis por potencializar o fluxo de informações e culturas para um
público que não estava preparado para absorver tais elementos.
Desde
a década de 1980 o tráfico de entorpecentes vem sendo um dos principais ramos
do crime organizado - perdendo espaço apenas para o tráfico de armas – e, dessa
forma, a expansão do narcotráfico encontrou um solo fértil nas cidades
interioranas. Aos poucos as drogas foram invadindo o interior e, por
conseguinte, contribuindo para aumentar os índices de furto, roubo e
assassinatos.
A
paz, que era uma peculiaridade das pequenas localidades, foi pouco a pouco
minada pela aceleração e agitação dos efeitos dos entorpecentes em uma parcela
da população, essa na maioria composta por jovens.
Estamos
diante de um grave problema de saúde pública, além de ter também implicações
educacionais e sociais. O espaço escolar não está acompanhando a marcha
acelerada da linguagem e dos anseios da juventude. Os pais, em alguns casos,
estão se distanciando dos seus filhos e na ausência de um diálogo familiar, as
drogas estão preenchendo essa lacuna.
Por
outro lado torna-se importante ressaltar que o consumo de substâncias
entorpecentes lícitas cresceu de forma desordenada entre a faixa etária mais
jovem. Os bares repletos de rostos juvenis denotam essa nova faceta do consumo
das drogas lícitas.
O
problema é mais sério do que muitos pensam e as soluções podem ser difíceis de
serem implantadas, pois demandam um tempo consideravelmente longo, o que no
universo das drogas pode significar a morte. O consumo de drogas se tornou uma verdadeira epidemia que afeta principalmente a juventude. Nunca houve nas ruas tantas drogas e tão adulteradas, isso tem criado uma situação de calamidade na saúde pública. Ao mesmo tempo as drogas, principalmente as ilegais, se tornaram um verdadeiro pilar de sustentação do capitalismo, seja pelo rentável negócio que movimenta bilhões e financia máfias e a corrupção do estado, ou seja pelo seu papel social, de ataque à classe trabalhadora como classe organizada e consciente.
Frente à barbárie que se tornou o consumo de drogas e suas consequências para a sociedade, as organizações de esquerda, intelectuais, igreja e o Estado têm proposto diferentes opiniões para resolver o problema. Desde a liberação do consumo até o reforço policial na repressão. Os marxistas combatem pelo fim das drogas e contra sua liberação, vejamos qual o papel econômico e social das drogas.
Indicação Diego Souza Universitário
A função social das drogas
Para os marxistas a questão das drogas não pode ser abordada de um ponto de vista moral como fazem as igrejas, nosso combate contra as drogas não é pela ética e defesa da lei. Mas sim partindo de bases políticas, do ponto de vista da luta de classes e a tarefa revolucionária de emancipação dos trabalhadores.
O combate dos revolucionários contra as drogas é fruto da análise de seu papel social, independentemente de sua ação na saúde. Nesse sentido as drogas que afetam o juízo, o comportamento, a percepção e o estado de ânimo não possuem o mesmo papel que, por exemplo, o tabaco (por mais nocivo que essa droga seja para a saúde).
A droga nas suas formas legal e ilegal é parte de uma ação organizada de destruição da juventude operária e da classe trabalhadora. Um instrumento utilizado pelo imperialismo para desmontar as organizações dos trabalhadores e destruir a consciência de classe e qualquer tentativa de luta que possa se desenvolver na juventude trabalhadora. Basta observarmos o papel desempenhado pelo crack nas regiões pobres, especialmente com a juventude negra nos EUA, ou o que essa droga tem causado nos grandes centros urbanos do Brasil: Destruição em massa da juventude colocando-as em situação de Lumpen (desprovida de qualquer tipo de princípio, estado de espírito que não se restringe classes sociais) sem condições alguma de interpretação da realidade e de interferência no destino de sua própria vida.
0 comentários:
Postar um comentário