Internautas classificaram a cena de violência sexual em “Ligações Perigosas” como “apologia ao estupro” e fizeram análises sobre a “seletividade moral” da emissora. “A Globo passou anos debatendo se faria uma cena de beijo gay ou lésbico. Consultou várias vezes o público. Para mostrar uma cena longa e perturbadora de estupro, não houve nenhum tipo de preocupação ou consulta”, disse colunista da Boitempo
Vem gerando repercussão nas redes sociais, desde a noite desta quinta-feira (7), a cena de violência sexual que foi ao ar pela minissérie “Ligações Perigosas”, da TV Globo. Depois de estrear na última segunda-feira (4) com bons índices de audiência, a trama foi alvo de críticas nas redes sociais por conta da cena protagonizada pelo personagem Augusto (Selton Mello), que estupra Cecília (Alice Wegmann).
“Isso não é sedução. É estupro e estupro é crime!”, escreveu uma internauta pelo Twitter assim que viu a cena, ao que centenas de outras pessoas começaram a se manifestar contra a cena e a emissora.
“#LigacoesPerigosas ensina tudo contra o qual lutamos: #assédiar, #molestar e cultura do #estupro. A sociedade diz NÃO a isso, @RedeGlobo”, tuitou outro telespectador.
Além de comentários que expressavam “nojo” ou pediam alguma atitude de autoridades como o Ministério Público, internautas fizeram também análises com outras temáticas consideradas como “tabu” para a emissora. A colunista da Boitempo Editorial Daniela Lima, por exemplo, questionou a “moral” imposta pela Globo com questões como a LGBT.
“A Globo passou anos debatendo se faria uma cena de beijo gay ou lésbico. Consultou várias vezes o público. No entanto, para mostrar uma cena longa e perturbadora de estupro, como aconteceu ontem em Ligações Perigosas, não houve nenhum tipo de preocupação ou consulta. Ainda estou tentando entender essa “moral” que interdita o amor e romantiza a violência”, postou em seu perfil do Facebook.
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