Noiva morre em acidente enquanto entregava convites do casamento
Uma jovem de 18 anos morreu em um acidente de moto enquanto seguia com o noivo, da mesma idade, para entregar convites do casamento, em Jataí, região sudoeste de Goiás. Segundo a família, Gabriele dos Santos Pereira havia concluído o ensino médio e estava com os preparativos da cerimônia adiantados, que seria realizada no próximo dia 26 de novembro.
O noivo, Hallan Cândido Neves, se feriu e chegou a ser levado a um hospital. No entanto, já recebeu alta médica.
O acidente ocorreu no último sábado (22). O jovem contou aos parentes da noiva que perdeu o controle da direção após tentar desviar de outra moto que estaria em alta velocidade.
Pai de Gabriele, Rosalino Pereira diz que a família está desesperada com a morte da jovem. Religiosa, ela gostava de cantar e fazia parte do coral da igreja.
“Eu não sei por onde começar. Só sei que arrancou um pedaço de mim. Minha filha tinha 18 anos, ia casar agora e estava repartindo os convites de casamento. Isso dói. Não é fácil para o pai, não desejo isso para ninguém. Preferia quebrar minha perna um milhão de vezes do que ter que enterrar minha filha de 18 anos. Ela tinha sonhos e planos”, desabafa.
Além da tristeza pela morte da filha, Pereira sofre com as consequências de um acidente que sofreu em abril deste ano. Ele bateu com a mesma moto em que Gabriele estava quando foi vitimada.
“[Quebrei] fêmur, tíbia, meu pé partiu no meio. Tive problemas gravíssimos, duas fraturas na mão. Estou até hoje, desde o dia 7 de abril, sem poder trabalhar e nem sei se vou poder voltar devido ao estado em que estou. Ainda vou ter que passar por outra cirurgia”, conta.
Via perigosa
O acidente que matou Gabriele ocorreu na Avenida Castelo Branco, onde a velocidade permitida é de 40km/h. No entanto, o aposentado Joaquim Ribeiro, que mora no local há 30 anos, confessa que é normal ver veículos acima da velocidade passarem por ali.
O acidente que matou Gabriele ocorreu na Avenida Castelo Branco, onde a velocidade permitida é de 40km/h. No entanto, o aposentado Joaquim Ribeiro, que mora no local há 30 anos, confessa que é normal ver veículos acima da velocidade passarem por ali.
“Aqui é um perigo. Essa curva já matou gente. Eu me lembro, além dela, de outras duas mortes. Acho que se colocassem um quebra-molas poderia ajudar a resolver o problema”, opina.
A Superintendência Municipal de Trânsito de Jataí informou que uma equipe vai fazer um levantamento técnico no local onde ocorreu o acidente para analisar o que pode ser feito para melhorar a segurança.
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