sábado, 12 de agosto de 2017

34 anos sem Margarida Maria Alves, símbolo da luta.







Nascida em agosto de 1933, no município de Alagoa Grande, interior da Paraíba, Margarida era filha de camponeses e começou a trabalhar ainda criança como agricultura. Ao se mudar do sítio dos pais para o centro da cidade, envolveu-se com as atividades do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande e teve grande atuação no Movimento Sindical Rural da região. Ocupou muitos cargos de importância no Sindicato, chegando à presidência em meados de 1973, cargo que ocupou até o dia de sua morte, no dia 12 de agosto de 1983.

Na época, Margarida lutava pelas demandas da região paraibana que habitava. Uma delas, e a que tirou sua vida, foi a luta contra usineiros latifundiários que exploravam e prejudicavam o desenvolvimento da agricultura familiar na região de Alagoa Grande e municípios vizinhos.  Os criminosos que a assassinaram brutalmente em sua própria casa eram ligados à Usina.

Após sua morte, Margarida foi justamente reconhecida como símbolo da luta diária das mulheres por espaços representativos no movimento sindical. Uma das formas de homenageá-la foi batizando a principal ação de massa das trabalhadoras rurais com seu nome. “A Marcha das Margaridas é uma das demonstrações do legado de Margarida Alves, que cresce a cada dia, porque ela é uma mulher que mostra a sua força, a sua capacidade de lutar, de intervir”, explica a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Alessandra Lunas. “Margarida tinha a força de uma mulher líder que esteve sempre à frente para debater, defender o povo, para lutar pela terra, pelos direitos das assalariadas rurais”, completa.

 34 anos do assassinato da líder sindical Margarida Maria Alves, que foi morta na frente de sua casa em 12 de agosto de 1983 com um tiro de escopeta calibre 12 no rosto, disparado por um pistoleiro. Na hora do crime ela estava acompanhada do esposo e do seu filho pequeno.


A paraibana Margarida Maria Alves  foi a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, e durante 12 anos na presidência da entidade, Margarida lutou para que os trabalhadores do campo tivessem seus direitos  respeitados, como carteira de trabalho assinada, férias, 13º salário e jornada de trabalho de 8 horas diárias.

As denúncias de abusos e desrespeito aos direitos dos trabalhadores nas usinas da região, feitas por Margarida Alves, resultaram no seu assassinato, encomendado por fazendeiros.

Em seu discurso na comemoração do Dia do Trabalhador, em 1º de maio de 1983, Margarida Maria Alves denunciou que vinha recebendo ameaças de morte e disse sua frase mais famosa: ‘É melhor morrer na luta do que morrer de fome’. No dia seguinte, ela foi assassinada, mas deixou um importante legado que resultou em uma série de conquistas para os trabalhadores do campo.

A líder sindical se transformou em símbolo de resistência e luta contra a violência no campo, pela reforma agrária e fim da exploração dos trabalhadores rurais. Quando Margarida foi assassinada, 72 ações trabalhistas estavam sendo movidas contra os fazendeiros locais.






























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