Diogo Vinicio Alves Pinto, de apenas cinco anos, morreu após complicações de um caso de pneumonia, após duas unidades de saúde de Nova Iguaçu (RJ) liberarem o garoto sem realizar um raio-x. A família denuncia que houve negligência.
"Um simples raio-x poderia evitar a morte do meu filho", disse o pai do menino.
Segundo o G1, no dia 15 de outubro o garoto deu entrada na UPA de Cabuçu em Nova Iguaçu, com forte febre e crise de convulsão. A unidade alegou que a máquina de raio-x estava quebrada e que o pulmão da criança estava limpo. Diogo foi apenas medicado e, em seguida, liberado. No dia 26, o menino voltou a ter febre alta, convulsões e foi para o Hospital Geral de Nova Iguaçu (Posse), onde a família recebeu a informação de que o menino estava sem nenhum quadro grave. Ele foi novamente liberado sem fazer raio-x.
A mãe da criança, Deiviane Alves, e o pai, Diogo de Oliveira, voltaram para a UPA de Cabuçu no dia seguinte, onde disseram que o pulmão do menino estava "totalmente limpo".
A criança morreu no dia 2 de novembro no Hospital Carlos Chagas, em decorrência de choque séptico, convulsão e pneumonia. A família acusa a UPA de Cabuçu e o Hospital da Posse de negligência.
Os pais enfrentaram dificuldades para registrar o caso. Deiviane pediu os prontuários do filho e nenhuma das unidades de saúde forneceu. Ela também afirma que tentou registrar a ocorrência duas vezes na 52ª DP (Nova Iguaçu).
A Secretaria Estadual de Saúde informou que lamenta a morte do paciente e divulgou a seguinte nota:
"A Secretaria de Estado de Saúde informa que lamenta a morte do paciente Diogo Vinicio Alves Pinto. A SES ressalta que a direção da Unidade de Pronto Atendimento informou que o paciente deu entrada na unidade no dia 27/10, foi acolhido e avaliado pela equipe médica. A criança passou por exames laboratoriais que não apresentaram sinais de quadro infeccioso. O paciente foi liberado com orientação.
Após cinco dias (01/11) o paciente deu entrada no Hospital Estadual Carlos Chagas com quadro de insuficiência respiratória. Foi avaliado pela equipe médica, internado em unidade de terapia intensiva, acompanhado e medicado. No dia seguinte a criança evoluiu para óbito.
Quanto à solicitação de cópia do prontuário, o responsável legal deve se dirigir ao setor de documentação médica da unidade e protocolar a solicitação".
O Hospital da Posse informou que foi aberta uma sindicância para investigar os fatos. "A direção do Hospital Geral de Nova Iguaçu informa que, assim que tomou ciência do caso, abriu uma sindicância para investigar os fatos alegados. E, nesta segunda-feira (27/11), o Conselho de Ética Médica será notificado. Desde já, a direção se coloca à disposição da família para prestar esclarecimentos".
Blog Cassimiro com NE1
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