Homo naledi: Nova espécie do gênero humano é descoberta na África do Sul
Ainda é cedo, mas algumas análises situam o fóssil entre os primeiros da espécie homo - de cerca de 2,5 milhões de anos
foram encontrados os ossos de 15
indivíduos da mesma espécie, o que permitiu documentar e descrever o
esqueleto do Homo naledi com muito detalhe. A descrição completa desta
nova espécie de hominídeo foi publicada nesta quinta-feira na revista
"eLIFE"."O Homo naledi é um mosaico de características
de formas, ou seja, tem um tronco com forma de funil, não em forma de
barril como o dos homens
atuais, mas parecido com uma pirâmide, um traço próprio do
Australopithecus ou dos grandes símios atuais como o chimpanzé",
explicou o
África do Sul - Uma equipe internacional de cientistas apresentou nesta quinta-feira o Homo naledi, uma nova espécie de hominídeo que tem traços de Australopithecus e que poderia ser o exemplar mais antigo do gênero Homo. O Homo naledi foi descoberto em 2013 na câmara Dinaledi da caverna Rising Star da África do Sul (perto de Johanesburgo) e seus restos apareceram entre mais de 1.550 fósseis, o que torna este sítio em um tesouro paleontológico.
No local pesquisador do Museu Nacional de Ciências Naturais (MNCN) da Espanha e coautor do estudo, Markus Bastir.
"Estamos diante de uma estupenda oportunidade para obter informação que nos permita reconstruir nossa complexa história evolutiva e esclarecer algumas incógnitas, como determinar se os 15 corpos do local foram colocados deliberadamente por seus congêneres na câmara de Dinaledi", disse.
Para descobrir todos os segredos desta jazida, o governo da África do Sul organizou em 2014 uma oficina denominada "Rising Star Workshop", financiado em grande medida pela "National Geographic", que permitiu que cientistas de todo o mundo e de todas as especialidades pudessem compartilhar dados.
África do Sul - Uma equipe internacional de cientistas apresentou nesta quinta-feira o Homo naledi, uma nova espécie de hominídeo que tem traços de Australopithecus e que poderia ser o exemplar mais antigo do gênero Homo. O Homo naledi foi descoberto em 2013 na câmara Dinaledi da caverna Rising Star da África do Sul (perto de Johanesburgo) e seus restos apareceram entre mais de 1.550 fósseis, o que torna este sítio em um tesouro paleontológico.
No local pesquisador do Museu Nacional de Ciências Naturais (MNCN) da Espanha e coautor do estudo, Markus Bastir.
Como era o Homo naledi?
Seu
crânio é pequeno, com a forma dos primeiros representantes do gênero
Homo, como o habilis e o erectus. "Uma capacidade craniana muito
pequena, aproximadamente um terço do que ocupa nosso cérebro
atual", disse o pesquisador. Embora seja muito robusto, e tenha um
crânio e um tronco primitivos, suas extremidades são "praticamente
iguais às dos humanos modernos".
"Ao mesmo tempo,
tanto o punho como os ossos da palma das mãos são muito modernos, o que
indica que, apesar de não terem sido encontradas ferramentas no sítio
arqueológico, com essa anatomia poderiam utilizá-las perfeitamente",
explicou o pesquisador.
Segundo os especialistas anatômicos, o homo naledi era adaptado para viver em um habitat arbóreo pois seus dedos são "ligeiramente curvos".
"Os
pés também são como os nossos, salvo que os dedos são ligeiramente
curvos, o que significa que estariam adaptados para viver nas árvores e
na terra". Em conjunto, este homo, de 1,50 metro e cerca de 50 quilos,
tem traços de Australopithecus, mas é mais grácil que esta espécie, o
que lhe aproximaria mais dos primeiros da espécie.
De quando é o fóssil?
Quanto à datação do fóssil, os especialistas ainda não se atrevem a dar
uma porque a ausência de outros fósseis animais está complicando a
análise, mas "toda uma equipe de paleogeólogos está analisando os
sedimentos do sítio para fazer um cálculo aproximado", explicou Bastir.
No entanto, "baseando-se na morfologia, as análises situam este fóssil
entre os primeiros da espécie homo - de cerca de 2,5 milhões de anos -
e, se for mais recente (de menos de um milhão de anos), seria a prova da
coexistência na África de espécies do gênero Homo muito diferentes
entre si", destacou o pesquisador."Estamos diante de uma estupenda oportunidade para obter informação que nos permita reconstruir nossa complexa história evolutiva e esclarecer algumas incógnitas, como determinar se os 15 corpos do local foram colocados deliberadamente por seus congêneres na câmara de Dinaledi", disse.
Para descobrir todos os segredos desta jazida, o governo da África do Sul organizou em 2014 uma oficina denominada "Rising Star Workshop", financiado em grande medida pela "National Geographic", que permitiu que cientistas de todo o mundo e de todas as especialidades pudessem compartilhar dados.
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