Câncer de pele pode atingir mais de 2 mil paraibanos em 2017; alerta instituto
12/12/2016 | 14h22min
Muitas vezes esquecida nos cuidados diários e nas idas ao médico, a pele é uma das principais atingidas pelo câncer. De acordo com pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é de que mais de 175 mil novos casos do câncer de pele não melanoma sejam diagnosticados em 2017, sendo 2.030 só na Paraíba. Para reforçar os cuidados com a pele e auxiliar no alerta da população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia desenvolve a campanha Dezembro Laranja que, em 2016, acontece pelo terceiro ano consecutivo.
Marcela Vidal, dermatologista do Hapvida Saúde, explica que os cânceres de pele mais comuns são o carcinoma basocelular e o espinocelular. “Eles podem aparecer na forma de mancha ou saliência na pele com colorações variáveis: cor da pele rosada ou marrom. Ou ainda uma pequena ferida que não cicatriza e que aumenta gradativamente. São bem mais comuns em pessoas com exposição solar frequente e em excesso. Mas também naqueles com exposição esporádica mas com grande intensidade e sem proteção. O terceiro tipo mais frequente é o melanoma, o mais perigoso pelo maior potencial metastático, se não diagnosticado precocemente”, afirma.
A principal forma de prevenção contra o problema é também uma das mais simples e práticas. A especialista ressalta que a proteção solar intensiva, somada à proteção física, utilizando chapéus e blusas com fator de proteção, ajudam ainda mais nesse processo, assim como evitar exposição ao sol no período de maior intensidade da radiação solar, entre 10h e 15h, sobretudo no Nordeste.
Por causa disso, é preciso ter atenção com a quantidade e com o fator de proteção solar, uma vez que ele varia de acordo com a tonalidade da pele e só pode ser especificado por um profissional. “Orientamos, de forma geral, que o fator de proteção seja pelo menos 30, mas, atenção para a quantidade de aplicação do protetor solar. É importante passar o produto em todo o corpo e repetir novamente o mesmo procedimento para garantir que todas as áreas sejam cobertas. Não esquecer orelhas e as áreas próximas à roupa”, orienta Marcela Vidal.
A dermatologista também esclarece que “outro fator contribuinte do câncer de pele é a exposição continuada a produtos químicos, assim como traumas cutâneos prévios, como queimaduras e ferimentos crônicos".
Assessoria
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