O vereador de João Pessoa, Bruno Farias, considerou em entrevista na manhã desta terça-feira (21) que o alerta publicado pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) à Prefeitura de João Pessoa configura claramente o uso da máquina pública na campanha eleitoral. Para ele, os gastos excessivos com publicidade são a “demonstração prova cabal do uso indevido da máquina pública”.
“Já foram gastos mais de R$ 12 milhões com publicidade nesse primeiro semestre quando o orçamento aprovado nesta casa, prevê o gasto anual de R$ 10 milhões”, ressaltou o vereador pessoense. Bruno atentou para o fato de que o prefeito Luciano Cartaxo não governa com impessoalidade.
Além disso, a auditoria realizada pelo TCE-PB constatou aumento de 25% no número de comissionados na Prefeitura de João Pessoa. De acordo com Bruno, “a Prefeitura de João Pessoa tem muito mais prestadores de serviço do que o Governo do Estado”.
“O desequilíbrio econômico das contas públicas da cidade de João Pessoa são flagrantes”, aponta o vereador, ressaltando que a prefeitura está no vermelho. “O que era para ser investido em educação, saúde, iluminação, infraestrutura, limpeza urbana, no cuidado, na atenção, na jardinagem de nossos parques, de nossas praças está sendo revertido para se formar um exército na campanha eleitoral”, analisou Bruno Farias.
Bruno Farias alerta ainda que devem ser tomadas providências para investigar a situação por parte dos Ministérios Públicos. “Além de uma demanda na seara eleitoral, é cabível também uma interpelação junto ao Ministério Público do Estado para que tome as providências cabíveis e necessárias”, afirmou o vereador, destacando ainda que “o que não pode é a prefeitura de João Pessoa ficar estrangulada, ter suas contas desajustadas em função de uma campanha”.
Já o vereador Lucas de Brito afirmou ter convicção de que se há alguma irregularidade, o caso será solucionado pela gestão. “Acho que o prefeito Luciano Cartaxo sempre deu demonstrações muito claras de que separa muito bem o público do privado. Sabe fazer uma separação do que é campanha eleitoral do que é gestão pública”, declarou Lucas.
Ele ainda disse que não teve acesso aos dados do relatório que gerou o alerta do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba. Por esta razão, quando questionado sobre os aumentos constatados, afirmou que “a gente precisa analisar esses números para poder se posicionar”.
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