Arimateia Filho Margarida agradece as pessoa que matem viva
essa ideia que se chama margarida Maria Alves.
Na lembrança do dia 12 de agosto de 1983, onde há 35 anos foi assassinada covardemente a líder sindical Margarida Maria Alves, a mando de grandes latifundiários de Alagoa Grande-PB, porque lutava em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.
Margarida foi ceifada porque para ela: “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”.
Nossa líder sindical permanece viva na Marcha das Margaridas que desde o ano 2000 nos permite olhar para nossa agenda política de conquistas e de novos desafios quanto a nossa participação política; fim da violência sexista; acesso à terra e valorização da agroecologia; garantia de alimentos com qualidade; educação; saúde; autonomia econômica, de trabalho e de renda; entre outros pontos da nossa pauta.
Olhar para o mês de agosto, sobretudo, deste ano de 2017, significa termos em nós mulheres a ousadia de Margarida. De não nos calarmos mesmo diante deste do atual cenário extremamente difícil e desafiador, que teve início com o afastamento da primeira mulher eleita presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, que sofreu um impeachment do patriarcalismo e machismo.
Um modelo machista que se evidenciou ainda nas primeiras horas do atual governo, com a imagem e a nomeação dos novos ministros empossados pelo golpista. TODOS HOMENS e BRANCOS! O recado é simples: MULHER NÃO PODE.
A serviço do golpe patriarcal, do capital e do imperialismo, recentemente parte do Congresso Nacional em conchavo com o governo, deu mais um golpe nas mulheres e no Brasil, com a rejeição da denúncia contra o “presidente Temer” por corrupção passiva.
A permanência desse governo significa para nós a continuação do desmonte dos direitos trabalhista e previdenciário; do congelamento por vinte anos dos investimentos públicos sociais; o aumento da violência no campo; entre outras perdas que prejudicam, sobretudo, nós mulheres.
Mesmo diante de todo esse cenário de retirada dos nossos direitos e do preconceito estabelecido no Brasil, somos desafiadas a olhar e refletir permanentemente sobre ousadia de Margarida, que não se calou diante dos latifundiários e nos deixou um legado de resistência, fazendo brotar e se espalhar suas sementes de luta, igualdade de gênero, justiça social, autonomia e liberdade.
DOCUMENTÁRIO: “Nos caminhos de Margarida”
Para saber mais da história da líder sindical Margarida Alves, assista e baixe o documentário “Nos caminhos de Margarida”. O vídeo produzido pela CONTAG, conta através de depoimentos e imagens, a luta e resistência da heroína paraibana.
Beto Sindicato A luta de Margarida Alves precisa ser lembrada para resistirmos e continuarmos lutando.
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