Senador tucano diz que é preciso de mais tempo para que os movimentos sociais com os quais o PSDB dialoga organizem manifestações; antes, ele tinha pressa e dizia ser urgente apear a presidente Dilma Rousseff do cargo; agora, quer esperar passarem as férias de janeiro; "O que existe até agora são ponderações dos movimentos sociais com os quais temos contato e que gostariam de ter um tempo maior para que a população pudesse de alguma forma acompanhar mais de perto os desdobramentos deste processo", afirmou; como lembrou o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, "sem rua, não há impeachment"
4 DE DEZEMBRO DE 2015 ÀS 14:43
247 - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), admitiu que o partido não tem apoio da população para retirar a presidente Dilma Rousseff do cargo. Tanto que defendeu que haja o recesso parlamentar e as discussões em torno do impeachment fiquem para depois de janeiro.
"Nosso sentimento inicial era de que isso deveria ocorrer o mais rapidamente possível. Mas o que estamos percebendo é que há um atropelo enorme do governo. O que existe até agora são ponderações dos movimentos sociais com os quais temos contato e que gostariam de ter um tempo maior para que a população pudesse de alguma forma acompanhar mais de perto os desdobramentos deste processo. Não há uma decisão formal, mas ela será tomada na terça-feira", afirmou Aécio, durante evento na cidade de Juiz de Fora.
O líder tucano lidera um argumento defendido com mais clareza pelo seu líder no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), segundo o qual, para vingar, o impeachment precisa de apoio popular, o que até o momento ainda não tem. "O impeachment do Collor nasceu na rua e veio para o Congresso Nacional. Agora o pedido nasce no Congresso e tem que ir para a rua. Só vai ter impeachment se houver rua", defende Cunha Lima (leia mais).
Aécio Neves defendeu o papel das instituições na condução e acompanhamento do processo de impeachment. "Felizmente no Brasil hoje as instituições funcionam. Funcionam de forma sólida, altiva, independente como os tribunais, como o Ministério Público, a Polícia Federal, o Poder Judiciário em todos os seus níveis. E é exatamente a solidez das nossas instituições que vai nos permitir superar essa crise", afirmou.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
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