Doença nos gatos pode causar úlceras e nódulos nos humanos
23 FEV., 2016
(Foto: Nina Lima / Agência O Globo)
A mania de subir em árvores e brincar na terra pode representar um perigo para os gatos que vivem em contato com a natureza. E também para os seus donos. No ano passado, a Vigilância Sanitária do Rio atendeu 2.146 casos no segundo semestre (agosto a dezembro) — um número 93% maior do que o registrado de janeiro a julho (1.107). A doença é causada por um fungo que deixa feridas na pele. Já a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou um aumento de mais de 6.000% no número de registros entre 1998 e 2013 (de oito para 500).
“Com o aumento da procura, ampliamos o atendimento gratuito para essa doença. Antes, não havia muita informação e, por isso, não eram registrados tantos casos”, explica Bárbara Montes, médica veterinária do Instituto de Zoonoses Paulo Dacorso Filho, da Vigilância Sanitária municipal.
No segundo semestre de 2015, o instituto lançou a campanha “Esporotricose: um risco para seu gato e para você” para alertar a população.
Segundo o dermatologista e pesquisador de doenças infecciosas Dayvison Freitas, da Fiocruz, a esporotricose foi descoberta há cem anos:
“No início, ela era mais comum em pessoas que moram na área rural ou mexem com a terra. No fim dos anos 90, ela chegou à Região Metropolitana do Rio. Não se sabe bem o motivo. A maior parte dos casos são registradas nas zonas Norte e Oeste, e na Baixada Fluminense. São locais mais carentes de infraestrutura e saneamento”.
O médico explica que os sintomas são mais brandos no homem. Ele fica com nódulos e úlceras na pele, mas consegue se tratar com remédio em quatro meses. O importante é procurar o tratamento assim que os primeiros sinais forem identificados.
“O gato não é o culpado, e sim a vítima. O dono é o responsável por cuidar do animal”, diz Freitas. As informações são do Jornal Extra.
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