sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

PMDB-Paraíba-“Para qual lado o barco vai balançar em 2018?

PMDB-Paraíba-“Para qual lado o barco vai balançar em 2018?”

  
O PMDB da Paraíba enfrentou em 2016 um quadro de insatisfações por parte de alguns de seus principais nomes. Fala-se internamente e nas análises dos comentaristas políticos estaduais que há uma divisão entre o que o Senador José Maranhão pensa e o que outros membros do partido gostariam de ter como orientação a seguir.
Em declarações de alguns peemedbistas à imprensa, observa-se que esta aproximação dos Senadores José Maranhão (presidente do PMDB-Pb) e Cássio Cunha Lima (PSDB), desagrada a alguns membros do partido e, além da troca de elogios entre ambos, a presença do senador tucano na festa de confraternização dos peemedbistas foi muito criticada por grande parte dos filiados, bem como algumas decisões de Maranhão em relação aos diretórios municipais, o que acaba compondo um cenário de descontentamentos dentro do partido. Fala-se que hoje existem “os PMDBs” da Paraiba. O PMDB de Raimundo Lira, o de Veneziano, o de Roberto e Raniery Paulino, o de Maranhão e o de Manoel Júnior.
Como vai ficar em 2018, não sabemos. O que vemos agora é um cenário de disputas, desentendimentos e incertezas.
Lira e Veneziano Vital, em recentes entrevistas à imprensa, vem dando sinal de que desejam o apoio do governador Ricardo Coutinho (PSB) para o candidato da chapa para o governo do estado. Ambos defendem aliança do PSB/PMDB para a disputa eleitoral em 2018. Ainda sobre Veneziano, em dezembro, ele questionou a presença de Cássio na confraternização do partido, inclusive, disse que mesmo sendo membro, não foi convidado para a ocasião e isso lhe causou estranheza, porém, nega sua saída do partido e mostra interesse em ser o candidato ao governo estadual pelo PMDB nas próximas eleições, especialmente se tiver apoio do governador, como percebemos em recentes entrevistas do deputado. “Vené cantou a pedra!”
O Senador Lira e Veneziano estariam dando a entender que o PMDB precisa de forças para disputar o pleito com Cássio pois pois, ao que tudo indica, será o candidato de oposição. O apoio do PSB e obviamente o apoio do governador Ricardo Coutinho, seriam importantes para fortalecer qualquer candidatura. O recado está sendo dado a Maranhão, que sozinho, mexe e remexe nos diretórios do partido em diversas cidades do estado, causando muito desagrado a alguns membros da sigla e há fogo internamente no PMDB: as novas lideranças querem espaço, querem força, querem crescer no Estado mas, parece que o líder estadual não abre muito espaço.Um PMDB internamente enfraquecido por divisões?
Ontem (05/01), apesar de ter defendido aliança com o governador para 2018, Raimundo Lira, em entrevista, disse que só no ano que vem o PMDB vai decidir o nome para a disputa eleitoral: “em janeiro, vamos começar a nos organizar para tomar uma posição e esperamos que a escolha seja de consenso”, o diretório nacional após pesquisa quantitativa e qualitativa, decidirá sobre quem dentre os nomes, significará um crescimento maior do partido para a disputa, seja ele próprio, Maranhão ou quem for indicado. Lira garantiu que o apoio político a Ricardo continuará:  “Se nossa relação de amizade continuar a mesma em 2018, vou defender que o PMDB fique junto a Ricardo Coutinho”. O senador também disse que não pretende deixar a sigla e deseja sim lançar-se à reeleição, bem como continuar buscando recursos junto ao Governo Federal para o Estado.
Ainda sobre a composição para 2018, o vice-prefeito de João Pessoa e presidente do diretório do PMDB, Manoel Júnior, diz que o diretório estadual é quem vai decidir o nome escolhido para a chapa majoritária. Júnior critica a aproximação do partido com Ricardo Coutinho, mas defende que o PMDB precisa fazer alianças com outros partidos para as disputas eleitorais em 2018.
Há novas lideranças no estado, querendo menos influência de José Maranhão no partido. Estas vozes demonstram cansaço e disputa pelo poder no grupo, pedem renovação na representatividade máxima estadual e não apenas mudanças nos diretórios. Será que já querem um substituo para o Senador José Maranhão na presidência do partido? Suas práticas estariam sendo vistas como desgastantes e causadoras de discórdia no grupo?
Uma análise feita por Veneziano em recente entrevista indica que de fato há vozes que precisam entrar em consenso, precisam dialogar: “Tanto eu, quanto o governador Zé Maranhão, o senador Raimundo Lira, o deputado Manoel Júnior e outros companheiros, precisamos sentar e reconhecer que nossa força diminuiu. Não podemos mais ostentar o título de maior partido da Paraíba. A falta de um bom diálogo nos levou à perda de dois deputados estaduais, Gervásio Maia e Trócolli Júnior. Perdemos por falta de diálogo o presidente da Assembleia Legislativa, isto é fato”, disse o deputado.
Mas, e em Guarabira? Caso ocorra uma eventual aliança estadual entre PMDB e PSB, como caminhariam Roberto e Raniery Paulino que, se mantiveram distantes de Ricardo Coutinho desde a eleição para prefeito até agora? E se Maranhão que tem trocado elogios e tido essa “aproximação” com Cássio nos últimos dias, desejar que o partido apoie Cássio, como todos os mais influentes nomes peemedbistas do Estado se comportariam? Cássio e Roberto Paulino juntos no mesmo palanque? Ricardo Coutinho e Raniery juntos em 2018?
Afinal de contas, o barco vai ou não vai balançar em 2018? E se balançar, para que lado o barco será?

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