Jackson do Pandeiro ocupa um lugar de destaque entre os ritmistas e interpretes da música brasileira, como o maior ícone de uma forma de cantar e tocar chamado sincopado. Conhecido como “O rei do ritmo”, Jackson era capaz de trabalhar em suas músicas divisões rítmicas inéditas em seu tempo.
A história da sua carreira artística reforça a herança da influência negra na música nordestina – filho do oleiro José Gomes Filho e da cantora de coco Flora Mourão, Jackson estreou na música tocando a zabumba para acompanhar os cocos que sua mãe cantava. Foi nesse período que surgiu seu primeiro nome artístico: Jack – por influencia dos filmes de faroeste americano que eram febre nos cinemas naquela época.
Mais tarde foi para Recife, e foi lá, na Rádio Jornal do Comércio, que adotou definitivamente o nome Jackson do Pandeiro. Em 1953, gravou seus primeiros sucessos. O estouro musical aconteceu com a gravação da música Sebastiana, que lhe deu uma projeção nacional.
Sua influência é até hoje sentida em artistas que regravam as músicas que Jackson celebrizou. Gal Costa, Lenine, Elba Ramalho, Chico Buarque, Raul Seixas, Gilberto Gil são apenas alguns exemplos de artistas que enxergaram em Jackson uma grande fonte de inspiração para música popular brasileira em suas mais diferentes vertentes.
Homenagens ao grande malandro nordestino
Com um legado musical impressionante, o artista faleceu em 1982 aos 62 anos. Seus restos mortais se encontram na sua terra natal (Alagoa Grande) localizado em um memorial preparado em sua homenagem.
Detentor de um talento ímpar e reconhecido por grandes especialistas da música e artistas nacionais e internacionais, Jackson do pandeiro frequentemente é lembrado e homenageado em tributos.
Em 2001 foi lançada a biografia Jackson do Pandeiro – O rei do ritmo, de Fernando Moura e Antônio Vicente, e já está em fase de finalização o documentário Jacksons e Imagens (título provisório), dos diretores paraibanos Marcus Vilar e Cacá Teixeira.
revistaestilobb/Cristiano Alves
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