sexta-feira, 17 de junho de 2016

Febre chikungunya explode na Paraíba e registro da doença aumenta 100% em poucos dias

Febre chikungunya explode na Paraíba e registro da doença aumenta 100% em poucos dias

Em 21 dias, Casos de chikungunya aumentam 101%; em cinco meses, 42.775 pessoas no Estado procuraram serviços de saúde com sintomas das doenças causadas pelo Aedes aegypti
Saúde | Em 17/06/16 às 07h38, atualizado em 17/06/16 às 07h41 | 
Reprodução
Febre Chikungunya é transmitida pelo mosquito da dengue
Em 21 dias, as notificações de casos de chikungunya na Paraíba aumentaram 101,3%, passando de 4.111 (em 7 de maio) para 8.276 (28 de maio), segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES), divulgado esta semana. Entre as três doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, esta foi a que teve o maior crescimento percentual no período. Os números mostram que a situação epidemiológica caminha para a concretização da anunciada tríplice epidemia, pois a dengue (cresceu 8,3%) e a zika (21,1%) continuam avançando.

Os óbitos notificados de chikungunya foram nas cidades de Monteiro, Aroeiras, João Pessoa, São José do Umbuzeiro, Soledade e Santa Cecília. A faixa etária das vítimas mostra que o mal não tem predileção, atinge recém-nascidos e pessoas de até 92 anos. Segundo a SES, a estratégia mais efetiva para evitar os óbitos causados pela dengue, zika e chikungunya é a detecção precoce dos casos suspeitos combinado com o manejo correto do agravo.
Segundo a gerente operacional de Vigilância Epidemiológica da SES, Izabel Sarmento, o crescimento do número de casos de chikungnya é esperado uma vez que a doença foi introduzida no território paraibano no último trimestre de 2015 e toda a população está suscetível, somado a isso está o fato do transmissor (Aedes) está presente em toda a Paraíba. A prevenção dessa doença ainda é o combate aos criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, não deixando reservatórios de água parada, que é onde o mosquito se reproduz.
Infestação. A Gerência de Vigilância Ambiental recomendou a realização do Levantamento Rápido de Infestação (Liraa) em abril, que foi realizado em 222 municípios. Destes, 34 (15,2%) foram classificados como satisfatórios 105 (47%) em alerta e 83 (37,2%) como em risco de epidemia. Apenas o município de Remígio não informou seus resultados. Os municípios de Fagundes, Olivedos, Sousa, Riacho dos Cavalos, Lagoa Seca, Juazeirinho, Cajazeiras, Uiraúna, Pocinhos, Solânea, Nova Floresta, Nazarezinho, Alagoa Grande, Pedra Lavada e Santa Terezinha tiveram aumentos consideráveis de manifestação do Aedes aegypti.

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