Feto é infectado por vírus da zika e chikungunya na Paraíba
Um feto com cinco meses de gestação está infectado pelos vírus da zika e chikungunya na Paraíba. A informação foi confirmada pela médica paraibana especialista em medicina fetal, Adriana Melo, nesta segunda-feira (27), depois que exames foram realizados em uma clínica particular da cidade de Campina Grande, na semana passada. Segundo a médica, os dois vírus foram transmitidos da mãe para o filho através da placenta. Este pode ser o primeiro caso de infecção de feto pelos dois vírus, ao mesmo tempo, confirmado no Brasil.
De acordo com a médica Adriana Melo, a suspeita de infecção do feto surgiu durante uma ultrassonografia realizada na 22º semana de gestação. “Através do exame de imagem, nós percebemos a presença de calcificações e excesso de líquido na cabeça do feto. É normal que a cabeça do feto tenha líquido, mas em pequena quantidade”, disse ela, acrescentando que ainda não é possível saber se o bebê vai ter microcefalia ou outras complicações relacionadas às infecções.
Depois da suspeita, a médica conta que retirou uma amostra do líquido amniótico e fez exames na última quinta-feira (23). O resultado saiu na sexta-feira (24), confirmando as infecções, mas a informação só foi divulgada nesta segunda-feira (27). Adriana Melo explica que, a partir de agora a equipe médica vai realizar exames a cada quatro semanas de gestação com esta mãe para avaliar o que vai acontecer com o feto.
Outros casos Na semana passada, a médica Adriana Melo já havia confirmado o caso de um bebê que foi infectado pelo vírus da chikungunya durante a gravidez. O bebê está com 16 dias de vida e foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Escola da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande, após convulsões, mas o estado de saúde dele é regular.
“O bebê está reagindo bem. Ele está a cerca de uma semana internado e chegou a ter o nível de plaquetas muito baixo, crises convulsivas, mas já está se recuperando”, disse Adriana Melo. Outros dois casos de infecção do vírus da chikungunya durante a gravidez estão sendo investigados na Paraíba. A médica explica que ainda não sabe como e quando o bebê foi infectado pelo vírus da chikungunya, nem as sequelas que ele pode causar. “Ainda estamos estudando. A suspeita é de que tenha sido no fim da gestação, já que mãe estava com os sintomas do vírus na hora do parto, mas, ela [a infecção] pode acontecer através da placenta ou no momento do parto”, acrescentou Adriana Melo.
Pesquisas A médica paraibana está participando de um grupo de pesquisas sobre infecções congênitas dos vírus. Segundo ela, a contaminação durante o parto está sendo investigada com base em outras infecções como dos vírus da aids e sífilis, para saber se é possível evitar a transmissão da mãe para o filho. “Ainda estamos no começo e não temos todas as respostas. Até o momento tudo é feito com voluntários, pois não temos recursos”, disse ela.
Redação com G1
De acordo com a médica Adriana Melo, a suspeita de infecção do feto surgiu durante uma ultrassonografia realizada na 22º semana de gestação. “Através do exame de imagem, nós percebemos a presença de calcificações e excesso de líquido na cabeça do feto. É normal que a cabeça do feto tenha líquido, mas em pequena quantidade”, disse ela, acrescentando que ainda não é possível saber se o bebê vai ter microcefalia ou outras complicações relacionadas às infecções.
Depois da suspeita, a médica conta que retirou uma amostra do líquido amniótico e fez exames na última quinta-feira (23). O resultado saiu na sexta-feira (24), confirmando as infecções, mas a informação só foi divulgada nesta segunda-feira (27). Adriana Melo explica que, a partir de agora a equipe médica vai realizar exames a cada quatro semanas de gestação com esta mãe para avaliar o que vai acontecer com o feto.
Outros casos Na semana passada, a médica Adriana Melo já havia confirmado o caso de um bebê que foi infectado pelo vírus da chikungunya durante a gravidez. O bebê está com 16 dias de vida e foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Escola da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande, após convulsões, mas o estado de saúde dele é regular.
“O bebê está reagindo bem. Ele está a cerca de uma semana internado e chegou a ter o nível de plaquetas muito baixo, crises convulsivas, mas já está se recuperando”, disse Adriana Melo. Outros dois casos de infecção do vírus da chikungunya durante a gravidez estão sendo investigados na Paraíba. A médica explica que ainda não sabe como e quando o bebê foi infectado pelo vírus da chikungunya, nem as sequelas que ele pode causar. “Ainda estamos estudando. A suspeita é de que tenha sido no fim da gestação, já que mãe estava com os sintomas do vírus na hora do parto, mas, ela [a infecção] pode acontecer através da placenta ou no momento do parto”, acrescentou Adriana Melo.
Pesquisas A médica paraibana está participando de um grupo de pesquisas sobre infecções congênitas dos vírus. Segundo ela, a contaminação durante o parto está sendo investigada com base em outras infecções como dos vírus da aids e sífilis, para saber se é possível evitar a transmissão da mãe para o filho. “Ainda estamos no começo e não temos todas as respostas. Até o momento tudo é feito com voluntários, pois não temos recursos”, disse ela.
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