Estudante de baixa renda será maior vítima dos cortes no Fies
O governo Temer segue cortando as mínimas garantias sociais do povo. Nesta segunda-feira (5) o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), anunciou uma redução de 29% nos investimentos do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). A medida, válida para os novos contratos criados a partir desse mês, diminuiu o limite de financiamento por curso de R$ 42 mil para R$ 30 mil a cada semestre.
Por Laís Gouveia
O secretário ainda criticou o aumento de bolsas do Fies ofertado durante os governos Lula e Dilma. “Crédito educativo é bom, o problema é que o programa foi mal desenhado”, disse Mansueto.
Para a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, quem mais precisa do programa será a maior vítima. “A ação é mais um ataque do governo Temer aos direitos dos estudantes, por isso estamos organizando diversos atos em defesa dos bolsistas do Fies. O impacto maior será na vida dos mais pobres, sem o financiamento não há possibilidade desse jovem acessar o ensino superior”, alerta.
Carina denuncia que os grandes grupos educacionais lucram com a nova política adotada no MEC. “Os tubarões de ensino [como são chamados os empresários pelo movimento estudantil] já lucraram muito com o Fies e agora mais ainda com programas de parcelamento estudantil privados”, avalia.
Os novos programas de parcelamento estudantil, citados por Carina, foram criados pelos mesmos donos dos grandes grupos educacionais, que custeiam, a título de empréstimo, a mensalidade dos estudantes durante sua vida acadêmica. Sem a regulamentação do setor, os juros e o método de cobrança ficam a critério do contrato estabelecido pelo empresário, gerando jovens recém-formados endividados e reféns do mercado.
Regulado e esvaziado pelo o atual governo, o Fies ainda mantém as garantias mínimas a esses estudantes, como a menor taxa efetiva de juros, de 3,4% ao ano, para todos os cursos, e uma carência de 18 meses para começar a pagar o saldo devedor em até quatro anos.
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