19/04/2017 - 10:36 hs
Os relatos de suicídio de participantes do jogo 'Baleia Azul' assustam os pais. A Paraíba já contabiliza pelo menos dez casos de participação de jovens no desafio ‘Baleia Azul’, no qual os participantes praticam automutilação e são coagidos a cometerem suicídios. Em um dos casos, uma jovem de 14 anos, estudante de uma escola do Centro de João Pessoa, cortou os braços e subiu no teto da escola para cumprir desafios do ‘jogo’.
As informações sobre o ‘Baleia Azul’ foram repassadas ao Portal Correio pelo tenente-coronel Arnaldo Sobrinho, que é coordenador do Centro Integrado de Operações Policiais em João Pessoa (Ciop) e coordenador-executivo do escritório brasileiro da Associação Internacional de Prevenção ao Crime Cibernético
Segundo o tenente-coronel, o caso da adolescente de João Pessoa foi descoberto pelos familiares após eles ligarem o fato registrado na escola ao desafio.
“Dias após o problema da menina na escola, um familiar da jovem viu o alerta sobre o jogo e ligou o registro ao desafio. A família da jovem nos procurou e relatou todo o ocorrido, afirmando que a menina cortou os braços e subiu no teto da escola para cumprir etapas do jogo. Ao ligarem os eventos, os familiares quebraram o celular da menina. Agora, ela passa por acompanhamento psicológico”, afirmou o tenente-coronel.
Casos na Paraíba
Em um levantamento ainda preliminar, o tenente-coronel citou que o estado já contabiliza pelo menos dez casos registrados de participação de jovens no desafio ‘Baleia Azul’. Porém, o número pode ser ainda maior, já que familiares das vítimas podem não estar procurando o polícia para passar informações.
“Acreditamos que esse desafio vem sendo praticado há pelo menos um mês na Paraíba e que o número de casos deve ser bem maior. Em Guarabira, temos relato de uma pessoa que participou do jogo e chegou ao nível 10. Também recebi informes de uma aluna minha, do curso de Direito, que foi incluída sem consentimento em um grupo de participantes do desafio. Esse grupo tinha pessoas de todo o Brasil e contava com 200 participantes”, relatou o coordenador do Ciop.
O tenente-coronel Arnaldo Sobrinho também afirmou ao Portal Correio que existem indícios de que menores estariam agindo como ‘curadores’ do desafio, aliciando e ameaçando participantes.
“Estamos realizando um apanhado de informações e relatos sobre casos no estado e iremos confeccionar um relatório para as policiais Civil e Federal para que elas possam receber informes detalhados e tomar providências quanto à investigação desse crime. Esse relatório também irá para a Associação Internacional de Prevenção ao Crime Cibernético”, contou o policial.
Pais precisam estar atentos
O tenente-coronel voltou a afirmar que os pais precisam estar atentos a atitudes dos filhos para que possam perceber diferenças comportamentais.
“Os pais devem obedecer cinco requisitos: observar o comportamento; perceber alterações de rotina; devem estabelecer diálogo com os jovens; prestar assistência e apoio; e, especialmente, colocar novos projetos para esses jovens. É fundamental que os pais tenham total atenção aos filhos para evitar que eles participem desse desafio”, concluiu o tenente-coronel.
“Dias após o problema da menina na escola, um familiar da jovem viu o alerta sobre o jogo e ligou o registro ao desafio. A família da jovem nos procurou e relatou todo o ocorrido, afirmando que a menina cortou os braços e subiu no teto da escola para cumprir etapas do jogo. Ao ligarem os eventos, os familiares quebraram o celular da menina. Agora, ela passa por acompanhamento psicológico”, afirmou o tenente-coronel.
Casos na Paraíba
Em um levantamento ainda preliminar, o tenente-coronel citou que o estado já contabiliza pelo menos dez casos registrados de participação de jovens no desafio ‘Baleia Azul’. Porém, o número pode ser ainda maior, já que familiares das vítimas podem não estar procurando o polícia para passar informações.
“Acreditamos que esse desafio vem sendo praticado há pelo menos um mês na Paraíba e que o número de casos deve ser bem maior. Em Guarabira, temos relato de uma pessoa que participou do jogo e chegou ao nível 10. Também recebi informes de uma aluna minha, do curso de Direito, que foi incluída sem consentimento em um grupo de participantes do desafio. Esse grupo tinha pessoas de todo o Brasil e contava com 200 participantes”, relatou o coordenador do Ciop.
O tenente-coronel Arnaldo Sobrinho também afirmou ao Portal Correio que existem indícios de que menores estariam agindo como ‘curadores’ do desafio, aliciando e ameaçando participantes.
“Estamos realizando um apanhado de informações e relatos sobre casos no estado e iremos confeccionar um relatório para as policiais Civil e Federal para que elas possam receber informes detalhados e tomar providências quanto à investigação desse crime. Esse relatório também irá para a Associação Internacional de Prevenção ao Crime Cibernético”, contou o policial.
Pais precisam estar atentos
O tenente-coronel voltou a afirmar que os pais precisam estar atentos a atitudes dos filhos para que possam perceber diferenças comportamentais.
“Os pais devem obedecer cinco requisitos: observar o comportamento; perceber alterações de rotina; devem estabelecer diálogo com os jovens; prestar assistência e apoio; e, especialmente, colocar novos projetos para esses jovens. É fundamental que os pais tenham total atenção aos filhos para evitar que eles participem desse desafio”, concluiu o tenente-coronel.
DICAS DA POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS PARA OS PAIS:
Com o intuito de auxiliar os pais que não sabem se os filhos participam do desafio, a reportagem de O TEMPO entrou em contato com a Polícia Civil pedindo dicas de segurança.
Veja as seis orientações que a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) dá aos pais para evitar que crianças e adolescentes estejam expostos a crimes no ambiente virtual. 1. Manter a proximidade com os filhos , sobrinhos e alunos é essencial. Dessa forma, é possível conhecer mais sobre amigos, lazer e atividades sociais de interesse. 2. Ter acesso a redes sociais para verificar o tipo de assunto que aborda ou compartilha entre os amigos. 3. Importante se inteirar da rotina e ficar atento a qualquer alteração de comportamento. Mudanças de estilo de roupas e hábitos, por exemplo, são um indicativo de alerta. 4. É fundamental que a família e a escola realizem atividades que despertem o interesse no jovem acerca de seu futuro, que estimulem sua autoestima e planos de vida. 5. Promover sempre um diálogo aberto , com orientações e informações sobre os riscos de eventuais crimes pela internet, que podem vir mascarados de entretimento e sedução para algo interessante e que, na verdade, pode ser uma grande armadilha. 6. A relação de confiança criada com os pais é imprescindível para que o adolescente possa relatar qualquer coisa diferente que tenha ocorrido em sua rotina, sem temer ser punido. (Com informações do IG e Portal Correio)
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