sábado, 22 de abril de 2017

Polvos de crochê ajudam a acalmar bebês prematuros


22/04/2017 | 14h24min

A Maternidade Curitiba passou a colocar polvos de crochês nas incubadoras dos recém-nascidos prematuros que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. A iniciativa surgiu na Dinamarca e, de acordo com relatos médicos, tem efeito positivo na situação clínica dos bebês.
"É como se a criança pegasse no cordão umbilical, o que faz com que ela se sinta dentro do útero materno. Assim, acaba tendo menos consequências e indo embora mais certo", explica o médico Rubens Kliemann. Para ele, esse tipo de humanização do serviço é muito importante.
"Foi observado que os bebês ficaram mais calmos. Eles conseguiram respirar melhor, tiveram os batimentos cardíacos mais estáveis e puderam se recuperar de uma forma mais tranquila", complementa a coordenadora da UTI Neonatal, Ana Bruna Sales.
Segundo ela, os bebês se sentem muito mais seguros ao lado dos polvos de crochê.

Confecção

Em Curitiba, é o ateliê da designer gráfica Dani Dalledone que produz voluntariamente os polvos de crochê. Antes de ir para as incubadoras, eles são esterelizados.
"Vi na internet uma reportagem sobre o projeto na Dinamarca. Aí, uma conhecida teve um bebê prematuro em São Paulo e eu pensei que podia ajudar de alguma forma. Então, fiz o primeiro polvinho", relata.
Todo o material utilizado pelas crocheteiras veio de doações; a mão-de-obra também é voluntária. Elizabete dos Santos faz parte do projeto e é a responsável por entrar em contato com os hospitais. "O pessoal tem se empolgado muito. Todos os hospitais querem", conta.
G1 

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